domingo, 30 de outubro de 2011

Escritor catarinense..Para inspirar e agir

Esta semana inicia mais um mês, mês de novembro, agora estamos cada vez mais pertinho do final do ano..logo o barbudinho bate em nossas portas..rs.. Se você que tem algo para fazer e fica pensando em deixar para o outro ano..(o nosso é pintar o atêlie..haha..o projeto mais simples do que os outros que queremos fazer) é tempo de agir, não deixar para depois.
Como inspiração fica um texto do escritor catarinense Leonardo Boff, obra que sugere atitudes a serem tomadas, um sonho promissor..enfim nos impulsiona a criatividade diante dos acontecimentos. O autor nos leva a questionar como equilibrar dois caminhos distintos.




A  Águia e a Galinha
Uma metáfora da condição humana

                   Era uma vez um camponês que foi a floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Coloco-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
 - Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia.
            - De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu criei como galinha.
Ela não é mas uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.
 - Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar ás alturas. - Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.
  Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: - já que você de fato é uma águia,  já que você pertence ao céu e não a terra, então abra suas asas e voe! A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas. 
                  O camponês comentou:
-         Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
-         Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia.
E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã. 

                  
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurrou-lhe:
-         Águia, já que você é uma águia, abra as suas asas e voe!
Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas.  

O camponês sorriu e voltou à carga:
-         Eu lhe havia dito, ela virou galinha!
-                     Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração  de águia. Vamos experimentar ainda uma ultima vez. Amanhã a farei voar. 
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.
Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergue-se, soberana, sobre se mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez mais para o alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento...


Gostaram?!
Borboletinhas vamos correr e comprar as latinhas de tintas.

Bjubju